Os faraós eram os reis do Egito Antigo. Possuíam poderes
absolutos na sociedade, decidindo sobre a vida política,
religiosa, econômica e militar.
Como a transmissão de poder no Egito era hereditária, o faraó não era escolhido
através de voto, mas sim por ter sido
filho de outro faraó. Desta forma, muitas dinastias perduraram centenas de anos
no poder.
Na civilização egípcia, os faraós eram considerados deuses vivos. Os egípcios acreditavam que estes governantes eram filhos
diretos do deus Osíris, portanto agiam como
intermediários entre os deuses e a população
egípcia.
Os impostos arrecadados no Egito
concentravam-se nas mãos do faraó, sendo que era ele quem decidia a forma que
os tributos seriam utilizados. Grande parte deste valor arrecadado ficava com a própria família
do faraó, sendo usado para a construção de palácios, monumentos, compra
de jóias, etc. Outra parte
era utilizada para pagar funcionários (escribas, militares, sacerdotes, administradores, etc) e fazer a manutenção
do reino.
Ainda em vida o faraó começava
a construir sua pirâmide, pois está deveria ser o túmulo para o seu corpo. Como os egípcios acreditavam
na vida após a morte, a pirâmide servia para guardar, em segurança, o corpo
mumificado do faraó e seus tesouros. No
sarcófago era colocado também o livro dos mortos, contando todas as coisas boas
que o faraó fez em vida. Esta espécie de biografia era importante, pois os egípcios acreditavam
que Osíris (deus dos mortos) iria utilizá-la para julgar os mortos.
- Tutmés I – conquistou
boa parte da Núbia e ampliou, através de guerras, territórios até a região do
rio Eufrates.
- Tutmés III –
consolidou o poder egípcio no continente africano após derrotar o reino de Mitani.
- Ransés II – buscou estabelecer relações
pacíficas com os hititas, conseguindo fazer o reino egípcio obter grande desenvolvimento e prosperidade.
-
Tutankamon – o faraó menino, governou o Egito de 10 a 19 anos de idade, quando morreu, provavelmente assassinado. A pirâmide deste faraó
foi encontrada por arqueólogos em 1922. Dentro
dela foram encontrados, além do sarcófago e da múmia, tesouros impressionantes.
No começo do século XX, os arqueólogos
descobriram várias pirâmides no Egito Antigo. Nelas, encontraram diversos textos, entre eles, um que dizia que: “morreria aquele que perturbasse o sono eterno do faráo”. Alguns dias após a entrada nas pirâmides, alguns arqueólogos morreram
de forma estranha
e sem explicações. O medo espalhou-se entre
muitas pessoas, pois os jornais divulgavam que a “maldição
dos faraós” estava fazendo vítimas.
Porém, após alguns estudos, verificou-se que os arqueólogos morreram, pois inalaram,
dentro das pirâmides, fungos mortais que atacavam os órgãos do corpo. A ciência conseguiu
explicar e desmistificar a questão.
A
sociedade do Egito Antigo possuía
uma forma de organização bem eficiente, embora injusta, garantindo seu funcionamento e expansão. Esta sociedade era hierárquica, ou seja, cada segmento possuía
funções e poderes
determinados, sendo que os grupos com menos poderes tinham que obedecer quem
estava acima.
Era o governante do Egito. Possuía
poderes totais sobre a sociedade egípcia, além de ser reconhecido como um deus.
O poder dos faraós era transmitido hereditariamente, portanto não havia nenhum processo de escolha ou votação para colocá-lo no poder.
O faraó e sua família
eram muito ricos, pois ficavam
com boa parte dos impostos
recolhidos entre o povo. A família real vivia de forma
luxuosa em grandes
palácios. Ainda em vida, ordenava
a construção da pirâmide que iria abrigar
seu corpo mumificado e seus tesouros após
a morte.
Na escala de poder estavam abaixo somente
do faraó. Eram responsáveis pelos rituais, festas e atividades religiosas no Antigo
Egito. Conheciam muito bem as características e funções dos deuses
egípcios. Comandavam os templos e os rituais após a morte do faraó. Alguns sacerdotes foram mumificados
e seus corpos colocados em pirâmides, após a
morte.
Os chefes militares eram os
responsáveis pela segurança do território egípcio. Em momentos de guerra
ganhavam destaque na sociedade. Tinham que preparar e organizar o
exército de forma eficiente, pois uma derrota ou fracasso podia lhes custar a própria vida.
Eram os responsáveis pela escrita egípcia
(hieroglífica e demótica). Registravam os acontecimentos e, principalmente, a vida
do faraó. Escreviam no papiro
(papel feito de fibras da planta papiro),
nas paredes das pirâmides ou em placas
de barro ou pedra. Os escribas também controlavam e registravam os impostos cobrados pelo faraó.
Mais da metade da sociedade egípcia era formada
por comerciantes, artesãos,
lavradores e pastores.
Trabalhavam muito para ganhar
o suficiente para a manutenção da vida. Podiam ser convocados pelo faraó para
trabalharem, sem receber salários, em obras
públicas (diques, represas, palácios, templos).
Geralmente eram os inimigos
capturados em guerras
de conquista. Trabalhavam muito e não recebiam salário.
Ganhavam apenas roupas velhas e alimentos para a sobrevivência. Eram constantemente castigados como forma de punição. Eram desprezados pela sociedade
e não possuiam direitos.
As Pirâmides de Gizé, Guizé ou Guiza ocupam a primeira
posição na lista das sete maravilhas do mundo
antigo.
A grande diferença das Pirâmides
de Gizé em relação às outras maravilhas do mundo é que elas ainda persistem,
resistindo ao tempo e às intempéries da natureza, encontrando-se em relativo bom
estado e, por este motivo, não necessitam de historiadores ou poetas para serem conhecidas, já que
podem ser vistas.
A palavra pirâmide não provém da língua egípcia. Formou-se
a partir do grego “pyra” (que quer dizer fogo, luz, símbolo) e
“midos” (que
significa medidas).
As pirâmides de Gizé estão
localizadas na esplanada de Gizé, na antiga necrópole da cidade de Mênfis, e
atualmente integra o Cairo, no Egito. Elas
são as únicas das antigas maravilhas que sobreviveram ao tempo.
Estas três majestosas pirâmides
foram construídas como tumbas reais para os reis Kufu (ou Quéops), Quéfren, e
Menkaure (ou Miquerinos) - pai, filho e neto. A maior
delas, com 160 m de altura (49 andares), é chamada Grande
Pirâmide, e foi construída cerca de
2550 a.C. para Kufu, no auge do antigo reinado do Egito.
As pirâmides de Gizé são um dos monumentos mais famosos do mundo. Como todas as pirâmides, cada uma faz parte de um importante
complexo que compreende um templo, uma rampa, um templo funerário e as pirâmides menores das rainhas,
todo cercado de túmulos (mastabas)
dos sacerdotes e pessoas do governo, uma autêntica cidade para os mortos. As valas aos pés das pirâmides continham
botes desmontados: parte integral da vida no Nilo sendo considerados fundamentais na vida após a morte, porque os egípcios acreditavam que o defunto-rei
navegaria pelo céu junto ao Rei-Sol. Apesar das complicadas medidas de
segurança, como sistemas de bloqueio
com pedregulhos e grades de granito, todas as pirâmides do Antigo Império
foram profanadas e roubadas
possivelmente antes de 2000 a.C.
A
Grande Pirâmide, de 450 pés de altura,
é a maior de todas as 80 pirâmides do Egito. Se a Grande
Pirâmide estivesse na cidade de Nova
Iorque por exemplo, ela poderia cobrir sete quarteirões. Todos os quatro lados são praticamente do
mesmo comprimento, com uma exatidão não existente apenas por alguns
centímetros. Isso mostra como os antigos egípcios estavam avançados na matemática e na engenharia, numa época em que muitos povos do mundo ainda eram caçadores
e andarilhos. A Grande Pirâmide
manteve-se como a mais alta estrutura feita pelo homem até a construção da Torre Eiffel, em 1900, 4.400 anos depois da construção da pirâmide.
Para os egípcios, a pirâmide representava os raios do Sol, brilhando
em direção à Terra. Todas as pirâmides
do Egito foram construídas
na margem oeste do Nilo, na direção do sol poente. Os egípcios acreditavam que,
enterrando seu rei numa pirâmide, ele se elevaria e se juntaria ao sol, tomando o
seu lugar de direito com os deuses.
Um velho provérbio árabe ilustra isso: “O tempo ri para todas as coisas, mas as
pirâmides riem do tempo”.
Pouco se sabe a respeito do rei
Kufu. As lendas dizem que ele era um tirano, fazendo de seu povo escravos para
a realização do trabalho. É possível, porém que os egípcios comuns
considerassem uma honra e um dever religioso
trabalharem na Grande Pirâmide. Além disso, a maior
parte do trabalho na pirâmide ocorreu durante os quatro meses do ano quando o
rio Nilo estava inundado e não havia trabalho para ser feito nas fazendas.
Alguns registros mostram
que as pessoas que trabalharam nas pirâmides foram pagas com cerveja.
Foram necessários 30.000 trabalhadores por mais de 50 anos para construir
a Grande Pirâmide.
Foram usados mais de 2.000.000 de blocos de pedra, cada qual pesando em média duas toneladas e meia. Existem
muitas idéias diferentes sobre o modo de construção daquela pirâmide. Muito provavelmente os pesados blocos eram colocados
sobre trenós de madeira e arrastados sobre uma longa rampa. Enquanto
a pirâmide ficava mais alta, a rampa ficava mais longa, para manter o nível de inclinação igual. Mas uma outra teoria é a de que uma rampa envolvia a
pirâmide, como uma escada em espiral.
Existem três passagens
dentro da Grande Pirâmide, levando às três câmaras. A maioria das pirâmides tem
apenas uma câmara mortuária
subterrânea, mas enquanto a pirâmide ia ficando cada vez mais alta, provavelmente
Kufu mudou de idéia, duas vezes. Ele
finalmente foi enterrado na Câmara do Rei, onde a pedra do lado de fora de seu caixão - chamado sarcófago - está hoje.
(A câmara do meio
foi chamada Câmara
da Rainha, por acidente. A rainha foi enterrada numa pirâmide muito menor, ao lado da pirâmide de Kufu). O paradeiro do corpo de Kufu é desconhecido, bem como os tesouros enterrados
com ele. A pirâmide foi roubada há alguns
milhares de anos. Todos os reis do Egito foram vítimas
de ladrões de túmulos - exceto um, chamado Tutankhamon (ou Rei Tut Ankh Âmon’. Os tesouros de ouro da tumba de Tutankhamon foram
descobertos em meio a riquíssimos tesouros por Lord Carnavon e seu
amigo Howard Carter, em 1922.
Começando por seu interior
ela foi construída com blocos de pedra calcária, sendo que a camada externa
das pirâmides foi revestida
com uma camada protetora de pedras vindas das pedreiras de Tura, que são
polidas e tem um brilho distinto.
Era composta de 1,0 milhões de enormes blocos de calcário
- estima-se que cada um pese de duas a três toneladas.
Observa-se que o ângulo de
inclinação de seus lados fizeram com que cada lado fosse orientado
cuidadosamente pelos pontos
cardeais.
Em todos os níveis da pirâmide a seção transversal
horizontal é Triangular.
As teorias inventadas nos últimos
séculos para explicar a construção das pirâmides sofrem todas de uma problema
comum. O desconhecimento da ciência
egipcia do Antigo Império. Conhecimento este que foi recuperado apenas no final
do século XX.
A teoria que melhor explica as
construções das pirâmides sem encontrar contradições logísticas e sem invocar
elementos extra- terrenos é a química, mais exatamente um ramo dela, a geopolimerização. Os blocos foram produzidos a partir de calcário dolomítico, facilmente agregado no local usando-se
compostos muito comuns na época, como cal, salitre e areia. Toda a massa dos blocos foi transportada por homens carregando cestos da massa,
posta a secar em moldes
de madeira. O esforço humano
neste caso seria muito menor e o assentamento do blocos perfeito.
Contra a teoria da geopolimerização pesa nomeadamente o fato de que os antigos egípcios
especializaram-se na extração
e transporte de enormes blocos de pedra, tais como obeliscos de granito que chegavam a pesar mais de 300 toneladas. Ainda hoje é possível ver-se,
em uma pedreira abandonada, em Assuã, o famoso obelisco
inacabado, com mais de mil toneladas de peso, que tem servido como fonte de informações das
técnicas utilizadas na extração de blocos de
granito.